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sábado, 26 de março de 2011

Atuação profissional do Educador Ambiental.

O Educador ambiental deve ter o conhecimento da legislação, mas não é sua função fazer com que se cumpra a lei. Deve utilizar-se da lei e amparar-se nela para promover o conhecimento e entendimento das questões ambientais com base em projetos e ações que contemplem o pedagógico, o ambiental, o social, o cultural e o exercício efetivo da cidadania.


Deve ter conhecimento das políticas públicas ambientais do seu município ou sua área de atuação e interagir com estas, de forma a aproveitá-las em sua plenitude quando do exercício de suas funções.

Outro aspecto importante a ser considerado é o grau de comprometimento e envolvimento no desempenho de suas funções, pois o educador ambiental ensina por suas atitudes. Refletir sobre o seu comportamento e as relações que tem com a natureza e com as pessoas também é parte fundamental desse processo.

A Educação Ambiental, no meu entendimento começa em casa, no entorno. Atitudes tomadas com consciência e com propósitos definidos, também servem como material de apoio na hora de oferecer um testemunho, um exemplo a ser seguido. A coerência entre o que é dito e o que é feito deve ser um parâmetro e uma constante para promover a credibilidade.

O educador ambiental contemporâneo deve ser capaz de reconhecer as diferentes realidades, na qual estão inseridos seus educandos, adaptar o desenvolvimento de suas ações sócio-ambientais e sócio-educativas em acordo com estas realidades, desenvolvendo temáticas que contemplem a valorização da cultura local ou regional, quando for o caso, sem deixar de considerar o que diz a legislação.

Elma Cristina Alano de Azevedo Acosta
Tec. Meio Ambiente

Fundamentos da Educação Ambiental: Retomando o Debate

“ Fundamentos da Educação Ambiental: retomando o debate”.


Carlos Frederico Loureiro levanta a questão da necessidade de retomar assuntos e fundamentos já aceitos anteriormente e amplamente utilizados internacionalmente.

Segundo Loureiro, a ampla utilização sem maiores questionamentos resultou na perda da densidade da compreensão do que caracteriza a Educação Ambiental e na capacidade de reflexão e posicionamento diante das tendências que surgiram desde a década de 1970, fundamentadas posteriormente através da instituição da Política Nacional do Meio Ambiente, causando a falsa impressão de que a Educação Ambiental, na sua formatação original era consenso no cenário mundial.

A intenção é ressaltar conceitos que são superficialmente trabalhados, enquanto deveriam ser de grande influência quando da sua aplicação. Sua abrangência social, política, histórica e pedagógica deveriam ser analisadas e apresentar maior relevância.

Loureiro propõe uma reflexão sobre Educação Ambiental, um melhor entendimento da abrangência que esta tem e deva ter, desfazendo-se do continuísmo instituído e aceito, sem maiores questionamentos, propondo um olhar diferenciado onde as realidades locais e dos sujeitos devam ser parte integrante da transformação, sendo capaz de ser crítico e ao mesmo tempo multiplicador.

O fato da aplicação de projetos e práticas educativas com relação às questões ambientais não quer dizer que se faça Educação Ambiental efetiva e de qualidade, mas o questionamento dos métodos de aplicação e as avaliações críticas de seus resultados, paralelo, sim, pode ser um processo educativo com um entendimento mais profundo e participativo, incluindo as responsabilidades e o exercício da cidadania neste processo.

Loureiro trás ainda a relevância de Paulo Freire no que tange a Educação de forma popular e libertadora, sua aplicação pedagógica e ao definir a Educação como um processo dinâmico e contraditório, dialógico e em nome de uma ética de vida, perfeitamente compatíveis com a Educação Ambiental e suas tendências críticas e transformadoras.

O educador ambiental contemporâneo deve ser capaz de reconhecer as necessidades e realidades dos sujeitos da transformação, questionar essas realidades e integrar os conhecimentos culturais e práticas sociais ao seu método pedagógico.

A Educação Ambiental não deve ser vista simplesmente como uma forma de transmitir conhecimentos, mas sim como um “agente” transformador nas bases, com continuidade e multiplicação.

Elma Cristina Alano de Azevedo Acosta
Tec. Meio Ambiente